Eram Infinitos.
Vinte e cinco medos, pavores e demônios me estupraram.Senti minha sanidade. Ou o que restou dela.
E assim adormecí novamente, novamente e mais.
Eu precisei de algumas horas para entender, olhei meu reflexo e ví, alguém fracassado e insistí olhar mais profundamente. Não podia ver muito além da pele áspera e do negro dos olhos.
O que eu queria?
Que sentissem pena de mim, talvez, ódio. Não queria ser notado e com a mesma vontade queria ser o eterno foco de todos, até daqueles que mal sabiam quem eu era.
Definitivamente auto-piedade, falta de carácter e uma covardia que não tinha o menor cabimento. O menor, o menor se quer.
Me abraçe e entenda que não dá para me compreender, isto é, simplicidade é a mais complexa conclusão que se pode tirar de um fato isolado.
Nunca estarei pronto para amar, pois eu nunca saberei a tal hora, a hora se faz e se vaí, independente de nossa percepção. Não sei se já amei e se vou amar. E amor poderia ser chamado de útopia, isso porque criaram um significado tão absurdo para ele que nem mesmo o sentimento se cabe.
Me dê chá quando me acordar, assim poupará uma agitação que o café, concerteza me despertaria. Me dê sonhos, sonhos e mais sonhos, não os de padaria, me dê aqueles lá, que você insiste em acreditar, talvez você não saiba. Então tá, vou te contar, sonhos não existem!
Não se assuste, é verdade! O que é tão sereno é o ato e não o sete.
Quando entrar, tranque a porta, ainda sim prefiro ser quadrado e medroso.
Quando entrar, traga consigo só vontade, sim eu vou me contradizer agora, nós vamos nos amar.