quinta-feira, fevereiro 28

Diz

Eram Infinitos.
Vinte e cinco medos, pavores e demônios me estupraram.
Senti minha sanidade. Ou o que restou dela.
E assim adormecí novamente, novamente e mais.
Eu precisei de algumas horas para entender, olhei meu reflexo e ví, alguém fracassado e insistí olhar mais profundamente. Não podia ver muito além da pele áspera e do negro dos olhos.
O que eu queria?
Que sentissem pena de mim, talvez, ódio. Não queria ser notado e com a mesma vontade queria ser o eterno foco de todos, até daqueles que mal sabiam quem eu era.
Definitivamente auto-piedade, falta de carácter e uma covardia que não tinha o menor cabimento. O menor, o menor se quer.
Me abraçe e entenda que não dá para me compreender, isto é, simplicidade é a mais complexa conclusão que se pode tirar de um fato isolado.
Nunca estarei pronto para amar, pois eu nunca saberei a tal hora, a hora se faz e se vaí, independente de nossa percepção. Não sei se já amei e se vou amar. E amor poderia ser chamado de útopia, isso porque criaram um significado tão absurdo para ele que nem mesmo o sentimento se cabe.
Me dê chá quando me acordar, assim poupará uma agitação que o café, concerteza me despertaria. Me dê sonhos, sonhos e mais sonhos, não os de padaria, me dê aqueles lá, que você insiste em acreditar, talvez você não saiba. Então tá, vou te contar, sonhos não existem!
Não se assuste, é verdade! O que é tão sereno é o ato e não o sete.
Quando entrar, tranque a porta, ainda sim prefiro ser quadrado e medroso.
Quando entrar, traga consigo só vontade, sim eu vou me contradizer agora, nós vamos nos amar.


segunda-feira, fevereiro 25

Cositas e mas más.

Estou eu cá, para vocês, sem temas a pautar.

O tema a pautar é a falta de um, ou melhor este que vos fala/escreve. O longar vai se encaminhando. Óra vamos, não é uma queixa, ainda não! Queria dissertar sobre tantas, ainda abrirei um "time-out" para minhas malucas idéias e renovar os ares tão ciclicos e nada verdejantes desta "web page".

Aproveitanto oportunidade singular, de veras tenho que dizer, está à mais vozes fora que dentro. Então lá vaí: Não posso acreditar que existam enormes percentuais de negros a aderência de movimentos skin heads; Punks libertários e esquisofrênicos que acreditam que anarquia é baderna; Empregados assalariados conjugês de outros empregados de posto maior, que acreditam poder "furar-os-olhos" dos outros só por tal posse; Idiotas que coçam as mãos e fazem o infeliz comentário: "guarda que é dinheiro!"; Assaltantes que insistem em jogar-se nas vias do metrô em horario de pico, parando assim toda a cidade em respeito a um delinqüente; O equivoco propositado de Pedro Bial referindo-se aos "BBB's" como heróis, levando em consideração o fato de que ficar confinado em uma mansão localizada em pleno "Projac" com festas, mídia, bundas e abdômens seja mesmo um ato heróico; Especular a singela inocência dos leitores de Dan Brown, que após lerem o DaVinci Code, acreditaram estar mais culturados; Não acreditar ainda que as crianças-pré-adultas procurem pedófilos; Que exista uma música chamada Créu (vide conteudo); Que jovens, estes como eu, suicidem-se somente por buscar uma merda de padrão imposto por um bando de viados, que ganham milhões para desenhar um croqui e projetar um "vaso de flores" denominado criação ou tendência, pra um marca gados chamado Gucci; E ainda não posso me conformar como podem transar sem preservativo; Iludir e fanfarrear com a vontade do teu próximo; E acharem mesmo que Paulo Coelho é fantástico!

O que que é hein?
Virou festa merrmão?

A te catá!

sexta-feira, fevereiro 15

Cenário emudecido

Duas rosas vermelhas, uma única certeza e algumas lágrimas não-derramadas.

Os dois caminhavam zombando de sí mesmos, de suas hipocrisias e defeitos. Eles, caminharam através das ruas, machucando seus pés cansados com o piche quente do asfalto. Logo, se calando leram com displicência na muralha de um pesadelo: "Eu tenho medo do mesmo". Chamava-se
Consolação e assim mergulharam nele.

Não sentiram medo, nem êxtase. Nem o calor que os rodeava, nem as infamidades pareciam ter graça. Estiveram lá, com o tempo e corações parados, na memória de pessoas que jamais viram. Elas eram deles.
Suas mães e pais, amores e devaneios, seu passado e finalmente sua sentença: "breve, estaremos lá, junto a eles".

Um dia prometeram, chorar todas as dores e todos os dias tristes de quem não vive.

E emudeceram-se ao ler:
"Aqueles só morrerão, quando os que os amam em vida lhe esquecerem"

Amém.

sábado, fevereiro 9

Dias ausentes vividos intensamente distonantes

Preciso de tempo em demasia, precisamos de anos inteiros...
Nossa média de oitenta anos me diz que sentimentos são realmente dons adquiridos pela inteligência. Como nós, conchas fragéis podemos portar todas as águas do oceano?
Definitivamente não há nada que poderia ser interpelado, somente que prefiria não ter dispertado esta manhã, a verdade nos faz morrer.

Entende como sentir não é melhor que pensar!

Seu existir me distoa, me faz seguir uma resonância de fragmentos e sibilar em silêncio.
Dai-me o sentido.

[Eu não moro mais em mim]

Dos eficazes

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