De forma macabra e incompreensível, o São Tomé dos Sem Títulos, resolveu me dar uma luz e cutucou a suprema corte Blogspot - e sim eles me devolveram os títulos. Cá entre nós, eu não entendi nada, talvez tenha sido uma punição literária pra ver se eu sobrevivia. Portanto, sobrevivi!Segura as cadeiras, as coisas andam muito ruins.
Acesso a cultura não é impossível, nem pitoresco. E esse não será (ainda bem) o maior
post do mundo. Logo, preciso revirar umas coisinhas e indicar o que é prestável nas
mídias, ao menos, as de qualidade constatadas.
Ouço as
megalópoles orkutianas declamarem ódio aos
cools,
indies,
cults e afins - atestando
efusifidade. E ver os tais efusivos pagando pau pra tudo que se pareça diferente, de fato me faz delirar muito. O nacional não é o melhor, nem o gringo - tudo é
selecionável, discutível e questionável. Fique sempre com esta ideia fixa, esqueça países e culturas, vá pro seu gosto e siga a sua intuição. Ela sempre te leva pro lugar certo, ainda que pareça estranho, acredite.
Gosto de
simplicidade, porque viver nesta década é pra poucos. Somos bombardeados com tantos detalhes e
experimentações, década onde o novo virou seu vizinho. As pessoas perderam hábitos modestos. Esqueceram de que o belo não está em tudo que tem um milhão de peças ou dois milhões de acordes.
Os que me conhecem, sabem o quanto gosto da
Adriana Calcanhotto. Todo o repertório dela é de uma sagacidade ímpar, sempre embalado de bom gosto. Ouvi, cantado por ela, e
musicalizado pelo
Fagner (acreditem!), um poema do
Ferreira Gullar. É simples e bastante profundo. Fica disposição e alcance de todos!
Leiam
Ferreira Gullar, é primoroso e te faz sentir muito completo.
Tem no
Youtube, introduzido lindamente com um depoimento da
Calcanhotto. Chama-se ''
Traduzir-se'' - recomendo mesmo.
Agora me lembrei, existe um canal que funciona na frequência dois (2) do seu televisor, mas acredito que o controle remoto nem ousa passear muito acima da quarta frequência.
TV Cultura. O nome fala por si só. Mas vamos lá, sem preconceitos ou comentários sobre Castelo
Rá-Tim-Bum - a programação se estende muito além, é uma TV paga com os nossos impostos. Ao menos eu me sinto bem investido por ela, principalmente na programação
noturna.
Lá descobri
Cora Coralina! Uma senhorinha muito simpática poetisa/contista de nome Ana
Lins, mais conhecida pelo seu heterónimo. É apaixonante, rústico e bem afável.
Procurem por ela no Google, leiam, comam as poesias se possível.
Multirão canal dois, só quero ver
hein!?
Pra quem acompanha cinema, não vou
pros vanguardistas, isso já ta anotado por todo canto. Deixo um nome em
ascenção:
Stephen Daldry. Ao cair no gosto novo e deixar o nacional alguns instantes de lado, sem perder o foco, acredito que é minha indicação favorita. Nem pretendo rasgar a seda devida.
Diretor atual, conhecido por longas dramáticos como:
Billy Eliot,
As Horas (
The Hours) e o recente
O Leitor (
The Reader). Simplesmente
ótimo,
direção firme, sedutora ao ponto. Procurem na locadora, combina bem com
Doritos!
A
Petrobras em incentivo ao cinema alternativo, de abordagens diferenciadas, criou um acervo bem interessante de curtas metragens patrocinados pelo mesmo, todos nacionais, que você pode
assistir gratuitamente no portal -
Porta Curtas. É preciso um cadastro rápido, porém, bem colocado. Ao deixar teu email pra eles, você recebe todas as informações de curtas novos,
premiações e festivais, sem os malditos ''
spams''
(link: http://www.portacurtas.com.br/index.asp)Entrem sim!
Livro é
Livrarias Sebo, procurando raridades sem frescura. Outra belezura é o aniversário de 70 anos da
Marvel comemorados com a seleção das setenta imagens que fizeram a emoção dos leitores, momentos memoráveis da história dos quadrinhos, como a morte de Electra, a primeira aparição do Wolverine nas HQs e o surgimento da Phoenix. Entre outros, esse é o momento mais nerd do texto, mas é coisa linda de Deus! Entrem lá no site e chorem mesmo, é emocionante!
(link: http://goodcomics.comicbookresources.com/2009/08/24/vote-for-your-top-ten-iconic-marvel-panels-of-all-time/)
No curral de tantas antas, é o pouco que eu podia salientar. Esqueça as comunidades, os efusivos, os emos e as modelinhos vida a fora. Fecha o Orkut e vá ser menos crica!