Quero meus títulos - protesto isolado no ínicio da postagem.
As vezes dançamos demais por tudo e não queremos nada. Toda criança faz isso com as papinhas de maçã e banana.
Como decidir?
Será que não podemos ficar com as duas. Eu gosto dos dois brilhos - das duas cintilantes vontades de opostos lados - do polar ártico e dos campos em Salisbury. Não é um dilema, só torna-se se você quiser tornar. Digo, eu preciso de todo o sangue e também de todo borrão no papel, eu preciso do abraço apertado que ganho com o olhar doce, mas preciso inalar a morte clara, aquela em pó que parece talco de nenêm. Se eu lhe dizer que mudei você acredita? Não, nem eu. Ninguém muda - flexiona-se ao desejo - mentira.
As vezes resolveria o problema com papinha de laranja, mas não dá pra fazer com laranja. É azedinho, seria perfeito. Será que os sonhos podem ser um bom quadro de papinha de laranja?
Eu costumava guardar a interrogação na minha gaveta do armário, mais precisamente na terceira. Elas são curvadas e me remetem a velhice, será que to ficando repetitivo? Nenêm ou ancião?
Vejo que minhas voltas de oito e as circulares me levaram pra um ponto: a dúvida.
O Cartola me consola bem nos versos e a Marisa na voz. Enquanto isso, retiro minhas interrogações pra uma torrencial faxina.
Quem deseja o muito nunca tem o suficiente; Quem deseja o pouco desperdiça
o que consegue; Quem deseja o necessário sempre tem o que precisa.
Um comentário:
"A sorrir..."; somente.
Postar um comentário