domingo, outubro 28

E então...

A veracidade de muitos fatos, anda se confundido com nossa capacidade de transliterar!

Se ofuscar dentro de sua condição social ou de sua capacidade de se dar bem sempre, não te faz, definitivamente, alguém menos culpado. Mesmo que esta culpa, seja para você, aceita como sua verdade, seu dogma.
Lidar com tais habilidades pode ser precario, você simplesmente pode ligar o foda-se e automatizar ou então aprende a surtar de maneira requintada, para não ir se culpar dentro de um manícomio!

Assim de maneira fria, apresento-lhes - Isaac, um joven que consegue equilibrar seu medo, com o que de fato "irão pensar" dele!
Desenvolvido logo no ínicio do meu curso de Roteiro (Quanta Academia de Artes) sob os olhos e críticas atentas de Octávio Cariello.

Cabañas

- Isaac meio letárgico, desperta... Ainda cedo, lembra-se por um instante do gosto da vodka, que beberia ao se levantar. Ele sente algo molhando seus pés e deitado inclina-se para ver o que é.

- Ele grita, ofegante ao ver Rótis com um furo atravessando da boca até a nuca. Na mão ainda dentro da boca, a Colt 38. O sangue, algumas partes viscosas espalhadas pela cama. Isaac treme ao tocar o cadáver e se pergunta qual a razão de ter o feito.

- Lembra-se imediatamente de seu poderoso pai, aquele velho cubano ranzinza, que deu absolutamente tudo que ele sempre almejou. Lembra-se também dos meios obscuros que o velho Hernandez utilizou para se tornar o maior fabricante de armas e munições ilegais de Cuba. Ele pode resolver tudo, foi um mal entendido e Isaac depende dessa afirmação.

- Isaac ofegante, procura o telefone de seu pai, ele deve estar no escritório, são cinco da manhã e ele sofre de insônia. Ao falar com seu pai, Isaac explica brevemente o ocorrido, friamente ouve que deve permanecer em seu apartamento e manter tudo em silêncio, logo chegaria alguma "ajuda".

- Procura seu Lucky Strike mas não encontra, ele então pega nas calças de Rótis um maço de Dunhill. Dunhill? Onde é que ele encontrou este cigarro na cidade?
O gosto é o mesmo dos lábios do garoto.

- Ele sente medo e permanece estático em frente à porta de saída de seu apartamento.

- As seis e pouco, tocam a campainha. Orientado, ele entra em um Corvette 1989 na garagem de seu prédio, enquanto aqueles “caras” iam esconder uma morte que nem a ele pertencia. Isaac levava consigo o maço de Dunhill e antes que pudece reconhecer o caminho, sentiu-se completamente só.

- Ele chega no ninho de ratos ou escritório, como seu pai chama aquele lugar fétido. Entrando em uma saleta úmida sente o aroma do charuto de seu pai, aqueles charutos cubanos o fazia lembrar de sua infância incinerada por aquele cheiro. O velho indagou como ele poderia deixar aquilo ter ocorrido. Mas Hernandez estava mais perturbado com o fato de ter um garoto de cuecas no quarto de seu filho, do que este, estar morto.

- Passa-se algumas horas dentro da saleta, Isaac já sabe o que fazer, mais calmamente, o velho diz a ele que volte para seu apartamento depois das nove da manha e que tudo estaria resolvido. Isaac estava transtornado, e não pensava em mais nada além daquele medo todo e na fumaça do Cabaña que seu pai não parava de tragar.

- Caminhando entre becos, ele lembra-se repentinamente, de que alguém mais sabia que Rótis estava com ele. Era Alícia, ela tinha o procurado, horas antes e o visto com Rótis.

- Apressadamente ele caminha até a casa de Alícia, e assim atrás dela ele passa algum tempo. Já exausto e muito inquieto, viu que passava das dez e ele não iria encontra-la.

- Talvez ele tivesse ignorado o fato dela estar totalmente machucada quando o procurou. E que havia a tratado com tamanha desdenha e ignorância.

- Retornou ocioso até seu apartamento. Abrindo a porta lentamente, entrou e sentou em sua poltrona, percebeu que os caras haviam sumido com todo o sangue e com o corpo de Rótis também. Não se sentia bem, era como se Rótis ainda estivesse dormindo no quarto e que a qualquer segundo levantaria atrasado e iria embora.

- Ascendeu mais um cigarro, quando o telefone tocou. Hernandez justificou, que tudo estava resolvido. Isaac revelou que Alícia tinha o visto com o garoto. - Nada com o que se preocupar! - Hernandez afirmou. Ainda sim tinha tudo sobre controle.

- Logo após desligar o telefone, Isaac, recebe outra ligação, um oficial de justiça o intimando a depor nessa mesma tarde. Isaac perde a voz, gagueja e por um instante imagina ter sido incriminado. Quando pergunta por que motivo deveria depor. O oficial revela o nome de Alícia. - Mas como ela poderia saber? - quando o oficial revela a ele que, a garota havia suicidado-se nessa madrugada e a policia interrogaria a todos que a viram naquela noite.

- Isaac desliga o telefone, e olha pela janela, ele vê a rua e sorri. Um sorriso nervoso. Porém, aliviado de ter descoberto que Alícia também era tão tola quanto Rótis. Isaac termina o maço de Dunhill, segurando suas reações. Quem acordaria afinal?

10 comentários:

Anônimo disse...

Cara, muito bom o seu conto, gostei mesmo. Só fiquei curioso com algumas coisas rsrs.

Mas isso eu deixo minha imaginação responder.
Quero ler mais, abração.

Jнoиy disse...

olhaaa... vc tem futuro rapaz! o/
aheuahueahuehuaeha
gostei da história!
continue escrevendo..
abraço

Unknown disse...

Um roteiro frenético. Os personagens estão familiarizados e, misteriosamente, o que menos me causa espanto é o maço de Dunhill. Ocultação de cadáver, suicídio misterioso, está me lembrando... esquece, toda comparação é burra. E eu não voltarei a mencionar.

Trabalho fabuloso.
Teremos uma continuação?

Adoro ler ouvindo música, o que o escritor sugere?

Casei de ser sexy tá bom? eu é mais pra placebo mesmo? Radiohead ...

Anônimo disse...

Uy, minha pessoa é um tanto quanto ignorante para fazer comentários tão técnicos quanto os acima!=D
Mas gostay Bricio, continue, cointinue!
Mas... Cadê o cadaver? Enterraram ao modo Volver? O pai incriminou o filho? ;o
haisudhdiua


Beijocas! E adorei!

Anônimo disse...

Meu, na boa, meus parabéns!!! Uma ótima narrativa. Um suspense nas palavras e uma ótima estória. Escreve bem e tem boas idéias. Poderia, e deveria, desenvolver esse seu lado Escritor. Cara vc tem futuro! De qualquer forma, é uma estória envolvente, prende a atenção do leitor e palavras muito bem escolhidas e bem colocadas. Sombrio, mas misteriosa e eu sou suspeito em dizer, pois adoro esse tipo de estória. Mais uma vez, meus mais sinceros, parabéns e contunue assim! Abraços! Roger!

Anônimo disse...

revele mais desse seu otimismo perverso!

muito bom.

Ele esteve aqui... disse...

Seria tolo perguntar a razão desse intenso vômito emocional?
Está tudo...Claramente obscuro e firmado...MUITO BOM.
A narrativa consegue passar tranquilidade e inquietação ao mesmo tempo, sem que em momento algum uma mine a outra!!
Dunhill...sim é possível encontraralgum prazer na dor não literal!

Anônimo disse...

Os poetas de antigamente declamavam poesias, bebiam absinto e viviam em tavernas
Hoje em dia o dom da literatura se encontra nas formas mais inesperadas
E mais admiráveis
Cultive este grande talento que tens meu filho

Unknown disse...

hey...


Meo Deus...


q coisa...vc escreve muitíssimo bem...adorei o blog...sérião mesmo...

bom...


to induuu

té mais!

Anônimo disse...

´Que todos os seres sencientes valorizem os méritos criem vínculos e benificiem o céu e a terra

Dos eficazes

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